domingo, 18 de setembro de 2011


Sou Catia  – Deus é meu Juiz...Sou de fevereiro , de uma sexta de carnaval sou alegria. Sou de amores intermináveis, de afetos, sou colo, sou mar e fogo,desenhos na areia.Sou dos ventos, sinuosa, generosa, indecisa. Sou das saudades, dos sussurros. Sou massagens e carinhos. Sou tulipas. Sou sépias , sou do frio, dos abraços que trazem para a vida da gente, e dos edredons. Sou de velas, de sombras, meia luz e mãos. Sou observadora, detalhista, de boa memória e organizada. Sou dos olhos líquidos e do coração de manteiga. Sou de sentimentos silenciosos, de papo bom e alma entregue. Sou fotografia. Sou receios e desejos. Sou romance e filminhos água com açúcar. Sou discursos. Teimosa e “espaçosa” sou do bem. Sou do conforto, da cama grande, do banho quente. Sou do amor. Sou de cheiros, de lavandas  Sou dos beijos apaixonados.  Sou livros e boa música. Sou Brasil. Sou noite. Sou móbiles, esculturas e livros .Sou Calmaria. Sou sossego, sou sonhos, sou esperança. Sou boa ouvinte, sou trabalho. Sou pés descalços, , coração. Sou dengo, sou prosa. Sou família, fui filha, amiga, , mulher menina.
Sou amada e como eu amo.Sou fé. E sou busca... Sou sempre busca...

domingo, 7 de agosto de 2011


“se conseguimos ver mais longe hoje, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes”.

                                                                                                   Isaac Newton,

“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”. O que antes era um sonho, hoje, é realidade. O desejo de acertar nos impulsionou e o medo de errar nos fortaleceu. A compreensão de alguns nos confortou, os obstáculos impostos por outros nos desafiaram. E aqui chegamos, cientes de que esta é apenas a primeira vitória de inúmeras que conquistaremos. Manifestamos o nosso carinho e gratidão por terem sido verdadeiros mestres.



            Ultimamente estou REVENDO minha vida, minhas lutas, meus valores e            REFAZENDO    minhas forças, minhas fontes e meus favores.
A única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou ?
Bem, isso já é demais... (Clarice Lispector)


Assistente Social...somos demais!!!
Assistente Social não passeia, realiza visita Institucional.
Assistente Social não faz barulho, realiza mobilização.
Assistente Social não conversa em vão, realiza Atendimento Social.
Assistente Social não escreve cartas, escreve encaminhamentos.
Assistente Social não se senta para bater papo, senta para reunião de equipe.
Assistente Social não vai a casa de amigos, realiza visita domiciliar.
Assistente Social não brinca, realiza dinâmica de grupo.
Assistente Social não separa brigas, realiza mediação de conflitos.


"Soneto da fidelidade"

De tudo, ao meu amor serei atento
antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
e em seu lovor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
ao seu pesar ou seu comtentamento.
e assim, quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angústia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
eu possa me dizer do amor(que tive):
que não seja imortal, posto que é chama
mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius De Moraes



“Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho, ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos, mas não cabe muita gente, todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso: são necessárias."
(Caio Fernando Abreu)

"Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!"

quinta-feira, 30 de junho de 2011

humanos

Certa vez parei... pensei...e pensei...E me perguntei o por que  desta insistência de nós humanos em  pensar, em deixar de lado o que temos de natural e espontâneo.
            Vivemos uma racionalização excessiva de tudo a nossa volta, fenômeno que não ocorre apenas no mundo ocidental como propôs Max Weber a alguns séculos. Hoje tudo segue preceitos que não de fato “humanos”. Sentimentos estão cada vez mais em baixa na bolsa de valores chamada vida, são vendidos a cifrões.
            O homem teve a arrogância de se posicionar acima de outros animais por ter a faculdade de pensar, e hoje sofre as conseqüências de ser tão racional. Precisamos ser mais “humanos”, “ser essência muito mais”, afinal deixamos diversas vezes de viver e ser felizes por sermos demasiadamente racionais.
            Estamos nos tornando reféns do tempo, perdemos o controle sobre ele. Vêem-se cada vez mais pessoas com o que chamam de depressão, mas como diz Patch Adams, não passa de solidão e falta de amor.
            A internet toma conta de nossas vidas e esquecemos o corpo a corpo, as inter-relações são cada vez mais virtuais. As coisas passam, e o homem mais do que nunca perdeu o controle sobre seu próprio rumo, se ver discutir de economia, de política, mas não se fala da vida, não apenas nossas vidas, mas a vida que nos cerca e que com a insaciável sede de poder destruímos mais e mais.
            A vida não deve ser regida apenas pela razão, afinal ela é previsível, por que viveríamos se estivéssemos fardados a ser o quadrado da hipotenusa. Temos que ser cinco mesmo sendo resultado de dois mais dois, isso é o que nos faz mais humanos e menos maquinas.

terça-feira, 28 de junho de 2011

felicidade

Seja Feliz!
 
Se a felicidade já foi possível para você um dia,
então, ser feliz agora também o é.
Se a felicidade vai ser possível no futuro,
também é possível ser feliz agora.
Seja feliz com a pessoa que você é hoje.
Não, você ainda não é quem gostaria de ser.
Mesmo assim você tem todas as chances de se
tornar a pessoa que quer ser.
Você gostaria de perder a aventura de alcançar
todo seu potencial?
Claro que não!
Seja feliz por ter ainda muito a conquistar,
pois é nesse processo que se experimenta a riqueza da vida.
Se você ainda não tem certeza de qual caminho
sua vida deve seguir,
fique feliz por ter tantas possibilidades e
divirta-se explorando-as.
Se você está cheio de problemas e responsabilidades,
fique feliz por ter a possibilidade de fazer diferente e
fortaleça-se ultrapassando os obstáculos.
Nada pode impedir você de ser feliz.
Ninguém pode afastar você da felicidade a não ser você mesmo.
Seja feliz agora mesmo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

viver em sociedade

 “Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.”         





                                   (Martin Luther King)

Simdrome de Down e os processos de aprendizagem

O preconceito em relação à Síndrome de Down( trissomia 21) fez com que as crianças, portadoras desta anomalia genética, não tivessem nenhuma hipótese de se desenvolverem cognitivamente, muito por culpa dos pais e professores que não acreditavam na possibilidade desta crianças realizarem o processo de aprendizagem, eram rotuladas como pessoas doentes e, portanto, excluídas do convívio sócia, e por consequente dos processos de socialização e aprendizagem. Até um certo ponto, estes pais e professores tinham alguma razão pois crianças Síndrome de Down apresentam dificuldades em decompor tarefas, juntar habilidades e ideias, reter e transferir o que sabem, capacidade de adaptação a situações novas. Tais factos são grandes impedimentos ao processo de aprendizagem, mas não é por eles que vamos excluir estas pessoas, todos os factores da aprendizagem devem ser modificados e aplicados a estas pessoas de forma os processos cognitivos se desenvolvam e, portanto todo aprendizado deve sempre ser estimulado a partir do concreto necessitando de instruções visuais para consolidar o conhecimento. Para incentivar a aprendizagem deve-se se usar brinquedos e jogos educativos, tornando a aprendizagem actividade prazerosa e interessante. No processo de aprendizagem a criança com Síndrome de Down deve ser reconhecida como ela é, e não como gostaríamos que fosse. As diferenças devem ser vistas como ponto de partida para desenvolver estratégias e processos cognitivos adequados.

Pandemia, pandemônio


Pandemia, pandemônio

Pandemônio: (sm) 3. Balbúrdia, tumulto
Somente na África, morre uma criança de menos de 5 anos a cada trinta segundos infectada pela malária. Estima-se que existam 18 milhões de pessoas infectadas com doença de Chagas nos países latino-americanos. Nos países em desenvolvimento, mais de 20% da população tem infecção contínua por giardíase.
Sabia?
Se sabia, provavelmente é vestibulando ou foi há pouco tempo.
Mas isto aqui não é um blog médico. O que acontece é o sensacionalismo. A nova gripe matou (estimativa!) umas 60 pessoas no Brasil e o álcool gel some do mercado, e todo mundo quer máscara e deve-se evitar multidões e aglomerados.
Por que este pandemônio?
As protozooses citadas no primeiro parágrafo atingem principalmente as populações pobres que vivem em condições pífias de saneamento e higiene. É por isso que não há sensacionalismo em cima delas: afinal, se a população já está morrendo mesmo por causa da fome e da violência, por que se preocupar com as doenças?
Enquanto isto, nas grandes cidades, as pessoas adiam seus intercâmbios e suas viagens internacionais e lotam as clínicas com medo da Influenza A, que já foi tachada de pandemia. E agora por causa da gripe há mobilizações gigantescas da OMS para desenvolver tratamentos, vacinas e conscientizar o povo.
Enquanto isso as crianças africanas vão morrendo, duas a duas, a cada minuto.

Humildade


"Nunca escrevi nada que estivesse à minha altura"
Mário Quintana
Escrever é, antes de tudo, renunciar ao orgulho. O texto pronto, a palavra ideal na sua mente nunca saem quando se vêem frente a frente com uma folha em branco. O escritor é obrigado, dia a dia, a reconhecer que nunca é aquilo tudo que ele pensa.
Escrita. Humildade.


A loucura está na moda

Sandice

O que todos mais querem hoje é provar para Deus e o mundo que não são normais. A loucura está na moda. É novela, é filme, é orkut, é música, é tudo: uma negação absoluta da normalidade. Hoje em dia ninguém é aceito socialmente se não se declarar ao menos "meio maluco". Eu acho que as pessoas se desiludiram da normalidade. Eu vejo gente caçando sandices em tudo que é lugar para poder afirmar: "sou autista/esquizofrênico/transtornado/louco (ou coisa que o valha". Mas o que é isto, meu Deus?
Há uns vinte anos chamar alguém de louco era ofensa. As famílias em que realmente existiam casos de distúrbios mentais rapidamente se ocupavam em esconder aos olhos da sociedade tal situação. Hoje não: ser bipolar é um charme. Será que de algumas décadas para cá a pressão do mercado de trabalho, o stress ou a mídia fizeram uns 80% da sociedade enlouquecer? Creio que não.

Alguém instituiu "normalidade" como sinônimo de "padronização". Como padronização é um termo cada vez mais carregado de carga pejorativa, o que todos querem é fugir disto. Então acontece uma verdadeira "caça à doença", isto é, procurar qualquer ínfima diferença que os isole da massa. Acontece que sempre vai existir uma diferença. E isto é o que há de mais comum.

É lógico que eu sou contra o preconceito com os doentes mentais. Acontece que o que está ocorrendo é a perfeita banalização destas doenças. Ora, se todo o mundo se declara "meio esquizofrênico", será que um esquizofrênico verdadeiro vai procurar se tratar - e levar a sério este tratamento? Ou pior: será que não demora muito até o sistema de saúde estar abarrotado de pseudo-transtornados (que podem ocupar os lugares de quem realmente precisa)?

Que modinha de anormalidade é essa? Não há nada mais comum do que ter certas atitudes que fujam do que você acha que é "o padrão". Oh, meus amigos: somos perfeitamente normais. Espetáculos da lucidez. Absolutamente sãos.

Graças a Deus.

domingo, 19 de junho de 2011

A gente “cria” a expectativa com tanto carinho e amor e ela sem mais nem menos deixa a gente na mão. Ô ingratidão


Como é bom criar uma expectativa. Parece inevitável. Basta um sinal e lá vamos nós nos apegar aquela esperançazinha por menor que seja. Fazer planos com algo concreto é coisa para os medrosos, os atrevidos criam histórias com aquilo que não existe mesmo. Somos conduzidos pela nossa vontade e mais do que disposição é preciso muita coragem pra abraçar nossas loucuras. Não importa se o amor não vingou, se o emprego não rolou, se ficamos na vontade. Apostamos naquilo e ponto, mesmo que isso implique em uns tombinhos de vez em quando. Somos escravos dos nossos sonhos e por eles topamos qualquer desafio, corremos todos os riscos, inclusive o da frustração. Criamos expectativa porque acreditar é delicioso, e por mais que o chão seja um lugar mais seguro, nada como balançar os pezinhos láááá no alto. E quer saber... porque duvidar? Vai que um dia aquele plano decola mesmo. Aí não vai ser você o primeiro a atrapalhar por medo de altura, vai?!?

15 de junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

um dia de chamar a atenção da sociedade para o combate a violência contra a pessoa idosa, promovida pela Organizações das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa.Caso tenha algum idoso em sua casa não perca a oportunidade de dedicar todo amor e carinho que merecem até seu último fôlego de vida!

Pessoas que têm uma deficiência.


Pessoas que têm uma deficiência.

Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes

Precisamos observar o todo para saber como nos localizar e não nos posicionarmos a favor de uma suposta igualdade. Somos diferentes e, assumindo isso, temos de brigar pelo direito de uma diferença digna, respeitada e produtiva.


No dia 21 de setembro é celebrado dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes, que no dia-a-dia passa despercebido quando não tem acesso há alguns lugares, que não possuem rampas e adaptações. Porém são percebidos pelo preconceito.

Evidências  no  dia-a-dia  nos  mostram  que  existe  um  interesse,  cada  vez  mais
generalizado dentro da população, em conhecer e relacionar-se corretamente com as pessoas que têm uma deficiência.

Palestras, cursos, campanhas, livros, folhetos, revistas – em todas as partes da sociedade
constatamos  mensagens  escritas,  faladas,  desenhadas  e  dramatizadas  ensinando  as  formas
corretas  de  se  interagir  com  pessoas  cuja  deficiência  é  bastante  variada  e  cuja  presença  é
notada com mais freqüência a cada dia que passa.

Neste artigo, apresento uma síntese desses comportamentos inclusivos diante de pessoas
com  deficiência,  parte  deles  transcrita  e/ou  adaptada  de  inúmeros  textos  publicados  (ver
Bibliografia  consultada)  e  parte  aprendida  em  minha  experiência  profissional  dentro  do
campo da  reabilitação profissional, bem como em minha atuação no movimento de direitos,
nos últimos 45
anos. 

Dicas gerais diante de uma pessoa com qualquer tipo de deficiência

  •   Converse  com  ela  respeitosamente,  sabendo  que  ambos  desejam  ser  respeitados  como
  • Seres humanos.
  •   Comporte-se de igual para igual, ou seja, considerando que vocês dois possuem a mesma dignidade.
  •   Aceite a outra pessoa como ela é, assim como você espera ser aceito do jeito que você é.
  •   Ofereça ajuda sempre que notar que a pessoa parece necessitá-la. Pergunte antes de ajudar
  • e  jamais  insista  em  ajudar. Se  ela  aceitar  a  ajuda, deixe que  ela  lhe diga  como quer  ser
  • ajudada.
  •   Lembre-se de que as pessoas com deficiência  têm os mesmos direitos garantidos a  todos
  • os povos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição de cada país.

Diante de uma pessoa com deficiência física

  • Que usa cadeira de rodas

  •   Não se apóie na cadeira de rodas, nem com as mãos nem com os pés. A cadeira de rodas é
  • uma extensão do corpo da pessoa que a utiliza.
  •   Não  receie  em  falar  as  palavras  “ande”,  “corra”  e  “caminhe”. As  próprias  pessoas  com
  • deficiência física também as utilizam.   2
  •   Se a conversa for demorar, sente-se num banco ou sofá de modo que seus olhos fiquem no
  • mesmo  nível  do  olhar  da  pessoa  em  cadeira  de  rodas.  Para  uma  pessoa  sentada,  não  é
  • confortável ficar olhando para cima durante um período relativamente longo.
  •   Ao ajudar uma pessoa em cadeira de rodas a descer uma rampa ou degraus, use a marcha à
  • ré, para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.
  •   Ande na mesma velocidade do movimento da cadeira de rodas.
  •   Ao planejar eventos, providencie acessibilidade arquitetônica em todos os recintos.
 
2.  Que usa muletas

  •   Tome cuidado para não tropeçar nas muletas.
  •   Ao acomodar  as muletas, após  a pessoa  sentar-se, deixe-as  sempre ao  alcance das mãos
  • dela.
  •   Ande no mesmo ritmo da marcha da pessoa.

3.  Que tenha necessidade especial no uso dos braços e mãos e do corpo em geral

  •   Siga as cinco dicas gerais, acima indicadas.
  •   Esteja atento às particularidades de cada tipo de deficiência física.

  • Diante de uma pessoa com deficiência visual

1.  Pessoa cega

  •   Se  andar  com  uma  pessoa  cega,  deixe  que  ela  segure  seu  braço. Não  a  empurre;  pelo
  • movimento de seu corpo, ela saberá o que fazer.
  •   Em lugares estreitos para duas pessoas caminharem, ponha o seu braço para trás de modo
  • que a pessoa cega possa seguir você.
  •   Se estiver com ela durante a  refeição, pergunte-lhe se quer auxílio para cortar a carne, o
  • frango ou para adoçar o café, e explique-lhe a posição dos alimentos no prato.
  •   Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços, se a pessoa cega
  • assim o desejar.
  •   Se  for  auxiliar  a  pessoa  cega  a  atravessar  a  rua,  pergunte-lhe  antes  se  ela  necessita  de
  • ajuda e, em caso positivo, atravesse-a em linha reta, senão ela poderá perder a orientação.
  •   Se  ela  estiver  sozinha,  identifique-se  sempre  ao  aproximar-se  dela.  Nunca  empregue
  • brincadeirinhas como: “Adivinha quem é?”.
  •   Se  for orientá-la a sentar-se, coloque a mão da pessoa cega sobre o braço ou encosto da
  • cadeira, e ela será capaz de sentar-se facilmente.   3
  •   Se  observar  aspectos  inadequados  quanto  à  aparência  da  pessoa  cega  (meias  trocadas,
  • roupas pelo avesso, zíper aberto etc.), não tenha receio de avisá-la discretamente a respeito
  • de sua roupa. 
  •   Se conviver com uma pessoa cega, nunca deixe uma porta entreaberta. As portas devem
  • estar  totalmente  abertas  ou  completamente  fechadas.  Conserve  os  corredores  livres  de
  • obstáculos. Avise-a se a mobília for mudada de lugar.
  •   Se você trabalha, estuda ou está em contato social com uma pessoa cega, não a exclua nem
  • minimize  a  participação  dela  em  eventos  ou  reuniões. Deixe  que  a  pessoa  cega  decida
  • sobre  tal participação. Trate-a  com o mesmo  respeito que você demonstra ao  tratar uma
  • pessoa que enxerga. 
  •   Se  for  orientá-la,    direções  do modo mais  claro  possível. Diga  “direita”,  “esquerda”,
  • “acima”,  “abaixo”,  “para  frente”  ou  “para  trás”,  de  acordo  com  o  caminho  que  ela
  • necessite percorrer. Nunca use termos como “ali”, “lá”.
  •   Indique as distâncias em metros. Por exemplo: “Uns 10 metros para frente”.
  •   Se for a um lugar desconhecido para a pessoa cega, diga-lhe, muito discretamente, onde as coisas estão distribuídas no ambiente, os degraus, meios-fios etc. 
  •   Se vocês estiverem numa festa, diga à pessoa cega quais as pessoas presentes e veja se ela encontra pessoas para conversar, de modo que se divirta tanto quanto você.
  •   Se for apresentá-la a alguém, faça com que ela fique de frente para a pessoa a quem você está apresentando, impedindo que a pessoa cega estenda a mão, por exemplo, para o lado contrário em que se encontra a outra pessoa.
  •   Se conversar com uma pessoa cega,  fale  sempre diretamente, e nunca por  intermédio de seu  companheiro. A pessoa  cega pode ouvir  tão bem ou melhor que você. Não  evite  as palavras “veja”, “olhe” e “cego”; use-as sem receio. As pessoas cegas também as usam.
  •   Quando se afastar da pessoa cega, avise-a, para que ela não fique falando sozinha.
  •   A pessoa cega não vive num mundo escuro e sombrio. Ela percebe coisas e ambientes e adquire  informações  através do  tato, da  audição e do olfato. Ela pode  ler  e escrever por meio do braile.
  •   O computador também é um bom aliado, possibilitando à pessoa cega escrever e conferir
  • os  textos,  ler  jornais  e  revistas,  via  internet  ou  livro  digitalizado,  usando  programas específicos  (DosVox,  Virtual Vision,  Jaws,  por  exemplo)  nos  quais  se  fala  o  que  está escrito na tela.
  •   Com  a  bengala  ou  com  o  cão-guia,  a  pessoa  cega  pode  caminhar  com  autonomia,
  • Identificando  ou  desviando-se  de  degraus,  buracos, meio-fio,  raízes de  árvores,  orelhão,   4postes,  objetos  protuberantes  nos  quais  ela  possa  bater  a  cabeça  etc. O  cão-guia  nunca deverá ser distraído do seu dever de guiar a pessoa cega. 
  •   Ao planejar eventos, providencie material em braile. 

  • Pessoa com baixa visão

  •   Ao  se  tratar  de  pessoa  com  baixa  visão,  proceda  quase  das  mesmas  formas  acima indicadas.
  •   Ao planejar eventos, providencie material impresso com letras ampliadas.
Pessoa surdocega

  •   Em  geral,  a  pessoa  com  surdocegueira  está  acompanhada  de  um  guia-intérprete,  que utiliza diversos recursos de comunicação como, por exemplo, a libras tátil (libras na palma das mãos) ou o tadoma (pessoa surdocega coloca a mão no rosto do guia-intérprete, com o polegar tocando suavemente o lábio inferior e os outros dedos pressionando levemente as dobras  vocais). Assim,  pela  vibração  das  dobras  vocais,  ela  consegue  entender  o  que  a outra  pessoa  está  falando.    pessoas  surdocegas  que  apenas  não  ouvem,  mas  falam; portanto,  ela  pode  “ouvir”  pelo  tadoma  e  falar  com  a própria  voz. Quando  entrar  numa conversa com uma pessoa surdocega, que utiliza o tadoma, deixe que ela  faça o mesmo com você.  Diante de uma pessoa com deficiência auditiva

1.  Pessoa surda

  •   Se  quiser  falar  com  uma  pessoa  surda,  sinalize  com  a mão  ou  tocando  no  braço  dela.
  • Enquanto estiverem conversando, fique de frente para ela, mantenha contato visual e cuide
  • para que ela possa ver a sua boca para ler os seus lábios. Se você olhar para o outro lado,
  • ela pode pensar que a conversa terminou. 
  •   Não grite. Ela não ouvirá o grito e verá em você uma fisionomia agressiva.
  •   Se  tiver  dificuldade  para  entender  o  que  uma  pessoa  surda  está  dizendo,  peça  que  ela
  • repita ou escreva.
  •   Fale normalmente, a não ser que ela peça para você falar mais devagar.
  •   Seja  expressivo. A  pessoa  surda  não  pode  ouvir  as mudanças  de  tom  da  sua  voz,  por
  • exemplo,  indicando gozação ou seriedade. É preciso que você  lhe mostre isso através da
  • sua  expressão  facial,  gestos ou  dos movimentos do  corpo  para  ela  entender o  que  você
  • quer comunicar.
  •   Em geral, pessoas surdas preferem ser chamadas “surdos” e não “deficientes auditivos”.
  •   Se a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete da língua de sinais, fale olhando
  • para ela e não para o intérprete.    5
  •   É muito  grosseiro  passar  por  entre  duas  pessoas  que  estão  se  comunicando  através  da língua de sinais, pois isto atrapalha ou impede a conversa.
  •   Se aprender a língua de sinais brasileira (libras), você estará facilitando a convivência com
  • a pessoa surda.
  •   Ao planejar  um  evento, providencie  avisos  visuais, materiais  impressos  e  intérpretes da
  • língua de sinais.

  • Pessoa com baixa audição

  •   Ao  se  tratar de pessoa  com baixa  audição, proceda quase das mesmas  formas  indicadas para relacionar-se com pessoas surdas.
  •   Em  geral,  as  pessoas  com  baixa  audição  não  gostam  de  ser  chamadas  “surdos”  e  sim
  • “deficientes auditivos”.

  • Diante de uma pessoa com deficiência da fala

  •   Existem diversas alterações de  fala, variando desde as mais  simples, como a dificuldade em pronunciar os sons de maneira correta, até as mais complexas, como a perda  total da voz, as gagueiras mais graves e os transtornos causados por um problema neurológico, que podem prejudicar tanto a fala como a compreensão.
  •   Todas  estas alterações podem  trazer um prejuízo ou  até mesmo um  impedimento para a
  • comunicação oral.
  •   Mantenha  a  calma  quando  falar  com  alguém  que  apresenta  alguma  dificuldade  de
  • Comunicação oral. Não tente adivinhar o que ela quer dizer e não a deixe sem resposta.
  •   Procure olhar no rosto de quem fala; fale pausadamente; use poucas palavras de cada vez;
  • Espere a sua vez de falar e só comece quando tiver certeza de que o outro terminou o que
  • Tinha a dizer.
  •   Se não entendeu o que foi falado, não tenha receio de pedir que o outro repita ou escreva.
  • A  maior  parte  das  pessoas  com  dificuldade  na  fala  tem  consciência  disso  e  não  se
  • Incomoda em repetir, desde que encontre alguém realmente interessado em ouvi-la.
  •   Preste  mais  atenção  no  conteúdo  da  fala  do  que  em  sua  forma  e,  principalmente,  não
  • Discrimine alguém pela maneira dele de falar.

Diante de uma pessoa com deficiência intelectual

  •   Ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência  intelectual, aja com naturalidade, como você faria com qualquer outra pessoa.   
  •   Não  confunda  “deficiência  intelectual”  (deficiência  mental)  com  “transtorno  mental” (doença mental).
  •   A pessoa com deficiência intelectual é, em geral, muito carinhosa e disposta a conversar. 
  •   Procure  dar-lhe  atenção  e  tratá-la  de  acordo  com  a  faixa  etária:  criança,  adolescente, adulta.
  •   Não a  ignore durante conversação. Cumprimente-a e despeça-se dela, como você o  faria com outras pessoas.
  •   Não a superproteja, nem use linguagem infantilizada. 
  •   Deixe que ela tente fazer sozinha tudo o que ela puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.
  •   Entenda  que  a  pessoa  com  deficiência  intelectual  aprende  mais  lentamente.  Se  você respeitar  o  ritmo  dela  e  lhe  oferecer  oportunidade,  ela  pode  desenvolver  habilidades,
  • tornar-se produtiva e participar do mundo com dignidade e competência.

Diante de uma pessoa com outras deficiências

  •   Existem  pessoas que  apresentam  uma  deficiência  que  não  foi mencionada  até  aqui. Por
  • exemplo,  a  deficiência múltipla,  que  se  caracteriza  pela presença  simultânea  de  dois  ou
  • mais tipos de deficiência acima citados. 
  •   Também  existem  pessoas  com  paralisia  cerebral,  com  síndrome  de  Down,  com hiperatividade,  com  ostomia,  com  dislexia  e  assim  por  diante. Mas,  paralisia  cerebral,
  • síndromes diversas, hiperatividade, ostomia, dislexia etc. não são tipos de deficiência; são
  • condições que acarretam alguma deficiência. 
  •   Por outro  lado,  existem pessoas  com  epilepsia,  com hanseníase,  com  transtorno mental,
  • com  autismo,  com  transtorno  de  déficit  de  atenção  (TDA)  etc.  Porém,  epilepsia,
  • hanseníase,  transtorno  mental,  autismo,  TDA  etc.  também  não  constituem  tipos  de
  • deficiência; são doenças que podem acarretar alguma deficiência.
  •     casos  em  que  uma  doença  e  uma  condição  estão  presentes  juntas.  Por  exemplo,
  • transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). 
  •   Podemos,  então,  comportar-nos  diante  de  uma  pessoa  com  deficiência  resultante  dessas
  • condições ou doenças, seguindo todas as dicas gerais e algumas das dicas específicas, de
  • acordo com cada caso.
  •   A questão das condições e doenças como causas de deficiências é polêmica e não encontra
  • um  consenso  entre  especialistas.  Por  exemplo,  a  ostomia  e  a  paralisia  cerebral  foram
  • colocadas como formas de deficiência física, e não como causas, no Decreto nº  5.296, de
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