domingo, 30 de janeiro de 2011

Conversas e despedidas


- Hei! Vamos nos entregar, e só- disse ele.
- São muitos os muros que nos separam, nossa relação é impossível.
- Vamos tentar você me faz tão bem, sou apaixonado por você.
- Você me cobra algo que não sinto. O melhor é você me esquecer.
- Eu não vou te esquecer, gosto muito de ti, não quero te perder.
- É melhor, não quero te fazer sangrar.
- Que tolice!!- exclamou já exasperado- Você não vai me fazer sangrar
           Ela de cabeça baixa permanecia calada
Fala comigo, por que está agindo dessa forma?
Não há muito que falar...
Não entendo, estava tudo tão bem.
Ela permaneceu calada, e ele vendo a frieza em seu olhar dolorosamente desistiu da conversa. Aproximou-se, vagarosamente levantou o rosto dela, e sentiu o gosto de seus lábios pela ultima vez. Percebeu que o gosto não era mais o mesmo de outrora, seu mundo agora não era mais o mesmo de outrora.
            Ele saiu deixando-a lá. Caminhou por um bom tempo, quando teve a certeza de que ninguém mais o via, chorou. E suas lagrimas misturavam-se as do céu, que como que adivinhando seu pensamento, também começavam a cair.

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